Campinas - Orquestra Sinfônica da Unicamp
Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Orquestra Sinfônica Nacional
São José dos Campos
1 - A música provoca um forte impacto no cérebro e deve ser encorajada nas crianças desde cedo;
2 - Tocar instrumentos fortalece e melhora a coordenação motora;
3 - O estudo musical amplia o raciocínio das crianças na escola;
4 - Crianças que estudam música têm melhor comportamento em salas de aula e apresentam uma redução de problemas disciplinares;
5 - Pessoas de mais idade envolvidas em fazer música têm melhorias significativas na saúde;
6 - O fazer musical altera algumas regiões do cérebro para combater o mal de Alzheimer;
7 - O desenvolvimento musical faz reduzir os sentimentos de ansiedade, solidão e depressão;
8 - A música diminui o estresse e reforça o sistema imunológico;
9 - Estudos comprovam que aulas de piano ou teclado para idosos provocam aumento do hormônio do crescimento, colaborando no aumento do nível de energia, das funções sexuais e da massa muscular, evitando osteoporose e rugas;
10 - Em todas as idades, a música reforça o sentimento e convivência em grupo, proporcionando melhorias no relacionamento interpessoal.
É necessário entender de música clássica para apreciá-la?
Não, de jeito nenhum. Os equipamentos básicos para gostar de música clássica são duas orelhas e um coração. O componente fundamental é a sensibilidade, é preciso abrir-se para a música. Ao primeiro contato, a pessoa pode achar esquisito por não estar acostumada a esse tipo de linguagem. Mas, se não desistir, pode ir aprendendo, descobrindo e assimilando aqueles sons até realmente gostar. Assim como se educa o paladar, se educa o ouvido. E isso se refere a todas as artes: aprende-se a gostar de música, de literatura, de artes plásticas.
Qual a diferença entre orquestra sinfônica, filarmônica e de câmara?
Entre sinfônicas e filarmônicas praticamente não há diferenças: ambas se apresentam em grandes auditórios, comportam mais de uma centena de músicos e geralmente executam um repertório de música erudita. Mas, no passado, a história era outra. "Há alguns anos, dizia-se que uma orquestra sinfônica era integrada por músicos profissionais remunerados, enquanto uma filarmônica era composta só por músicos amadores que se reuniam pelo prazer da música", diz o maestro Eduardo Ostergren, diretor artístico da Orquestra Sinfônica da Unicamp. Agora, se compararmos esses dois tipos com uma orquestra de câmara, aí aparecem algumas distinções. A principal é o tamanho: uma orquestra de câmara é um conjunto bem menor e costuma ter, na maioria dos casos, entre oito e dezoito músicos. Abaixo disso, o conjunto já passa a ser chamado de quarteto, quinteto, sexteto e assim por diante. Todas essas formações executam a chamada "música de câmara" - no caso, a palavra "câmara" é sinônimo de "sala, quarto ou aposento pequeno". Ou seja, é um tipo de música erudita para pequenos espaços, executada por poucos músicos. Outra diferença importante é que, ao contrário das sinfônicas e das filarmônicas, as orquestras de câmara não costumam ter todos os tipos de instrumento, como os de sopro e de percussão.
Qual é o papel do maestro em uma orquestra?
É, basicamente, sintetizar e organizar as diversas idéias musicais em uma unidade. Imagine se uma orquestra com mais de cem músicos, todos com concepções próprias, não entrassem em um acordo sob qual interpretação utilizar, a música perderia a linguagem, a comunicação. Assim como o motorista dirige o veículo, o maestro guia a orquestra. É ele que define a hora de começar, parar, onde tocar mais forte, mais fraco, rápido, lento, ele dá o colorido pessoal à obra. Uma mesma peça, tocada por dois maestros diferentes, pode soar de forma distinta. Dependendo da visão que o regente tenha, poderá escolher a que instrumentos e expressões dará destaque. A atuação dele, ora mais enérgica, impetuosa, entusiasmada, ora mais equilibrada, calma e refletida, transparece na execução do concerto. É fascinante observar todas essas alternâncias e a evolução de cada profissional.
Como saber o momento certo de aplaudir um concerto?
Existe uma razão para se aplaudir somente no final do concerto. O motivo é que a maioria das peças para orquestra são subdivididas em movimentos que formam uma unidade e que, se interrompidos, podem quebrar a concentração do músico. Parece um exagero mas na verdade quebra um pouco sim. Ocorre que, como a música clássica, na tentativa de se estabelecer uma linguagem introspectiva, que alcance o íntimo, a reflexão, explora bastante o silêncio - repare que tem horas que ela é reproduzida de forma tão baixa, com pouco volume de som, que você tem que se esforçar para ouvir, é necessário, então, concentração para executar. Costumo dizer que música silenciosa se produz com um ambiente silencioso. Não dá, por exemplo, para tocar o segundo movimento da Serenata Noturna de Mozart na central do Brasil, primeiro que você não vai conseguir ouvir, e mesmo que o fizesse, o desempenho não seria o mesmo se estivesse em um teatro. Também é verdade que nem todos os movimentos são silenciosos, mas grande parte deles a transição se dá geralmente de um estado eufórico para um mais íntimo, como é o caso de uma sinfonia, aí novamente cairíamos na necessidade do silêncio. Geralmente aplaude-se no final. Para saber quantos movimentos são, ou seja, quando irá acabar a apresentação, é só orientar-se pelo programa, lembrando que para identificar bem os movimentos, basta ficar atento a expressões em italiano como: andante, allegro, moderato, vivace etc. De qualquer forma, não existe uma regra absoluta, está mais para tradição, se gostar, sinta-se a vontade para aplaudir em qualquer momento, além do mais, o aplauso é a principal razão do espetáculo, seja ele dado nessa ou naquela hora pode ter certeza que o músico o receberá da melhor forma.