Beethoven nasceu em Bonn, na Alemanha, em dezembro de 1770. Há quem diga que foi o maior gênio da música de todos os tempos. Outros afirmam que ele está além de qualquer classificação. Por ironia do destino, começou a perder sua audição depois dos 30 anos de idade, em 1807 já estava completamente surdo. Mesmo nessa condição, por incrível que pareça, Beethoven continuou tocando piano, regendo orquestras e, sobretudo, compondo. Aliás, suas obras mais famosas foram compostas quando ele estava parcialmente surdo, e sua obra prima, a Nona Sinfonia "Coral" foi composta quando ele já estava totalmente surdo, não podendo ouvir sua própria música.
Em 1824 estreava sua obra derradeira: A Nona Sinfonia. O público sabia que estava diante de um marco na história da música. Aplaudiu durante longos minutos. Beethoven, ao contrário do que é mostrado no filme "Minha amada imortal", estava sentado na primeira fila e surdo, não percebeu. Foi preciso que alguém o fizesse dar meia volta para que ele pudesse ver o impacto de sua obra sobre o público. Para Beethoven, era a consagração silenciosa.
KHKE. A rádio da University of Northern Iowa toca jazz de primeiríssima qualidade durante o dia e música erudita à noite.
Minnesota Radio. Escute as orquestras filarmônicas de Viena, Berlin, Oslo, Amesterdã e mais, em grandes performances.
Transmite a boa música erudita a partir de Oslo, Noruega.
Explore música contemporânea, performances exclusivas, raridades, gravações ao vivo e muito mais.
1 - A música provoca um forte impacto no cérebro e deve ser encorajada nas crianças desde cedo;
2 - Tocar instrumentos fortalece e melhora a coordenação motora;
3 - O estudo musical amplia o raciocínio das crianças na escola;
4 - Crianças que estudam música têm melhor comportamento em salas de aula e apresentam uma redução de problemas disciplinares;
5 - Pessoas de mais idade envolvidas em fazer música têm melhorias significativas na saúde;
6 - O fazer musical altera algumas regiões do cérebro para combater o mal de Alzheimer;
7 - O desenvolvimento musical faz reduzir os sentimentos de ansiedade, solidão e depressão;
8 - A música diminui o estresse e reforça o sistema imunológico;
9 - Estudos comprovam que aulas de piano ou teclado para idosos provocam aumento do hormônio do crescimento, colaborando no aumento do nível de energia, das funções sexuais e da massa muscular, evitando osteoporose e rugas;
10 - Em todas as idades, a música reforça o sentimento e convivência em grupo, proporcionando melhorias no relacionamento interpessoal.
É necessário entender de música clássica para apreciá-la?
Não, de jeito nenhum. Os equipamentos básicos para gostar de música clássica são duas orelhas e um coração. O componente fundamental é a sensibilidade, é preciso abrir-se para a música. Ao primeiro contato, a pessoa pode achar esquisito por não estar acostumada a esse tipo de linguagem. Mas, se não desistir, pode ir aprendendo, descobrindo e assimilando aqueles sons até realmente gostar. Assim como se educa o paladar, se educa o ouvido. E isso se refere a todas as artes: aprende-se a gostar de música, de literatura, de artes plásticas.
Qual a diferença entre orquestra sinfônica, filarmônica e de câmara?
Entre sinfônicas e filarmônicas praticamente não há diferenças: ambas se apresentam em grandes auditórios, comportam mais de uma centena de músicos e geralmente executam um repertório de música erudita. Mas, no passado, a história era outra. "Há alguns anos, dizia-se que uma orquestra sinfônica era integrada por músicos profissionais remunerados, enquanto uma filarmônica era composta só por músicos amadores que se reuniam pelo prazer da música", diz o maestro Eduardo Ostergren, diretor artístico da Orquestra Sinfônica da Unicamp. Agora, se compararmos esses dois tipos com uma orquestra de câmara, aí aparecem algumas distinções. A principal é o tamanho: uma orquestra de câmara é um conjunto bem menor e costuma ter, na maioria dos casos, entre oito e dezoito músicos. Abaixo disso, o conjunto já passa a ser chamado de quarteto, quinteto, sexteto e assim por diante. Todas essas formações executam a chamada "música de câmara" - no caso, a palavra "câmara" é sinônimo de "sala, quarto ou aposento pequeno". Ou seja, é um tipo de música erudita para pequenos espaços, executada por poucos músicos. Outra diferença importante é que, ao contrário das sinfônicas e das filarmônicas, as orquestras de câmara não costumam ter todos os tipos de instrumento, como os de sopro e de percussão.
Qual é o papel do maestro em uma orquestra?
É, basicamente, sintetizar e organizar as diversas idéias musicais em uma unidade. Imagine se uma orquestra com mais de cem músicos, todos com concepções próprias, não entrassem em um acordo sob qual interpretação utilizar, a música perderia a linguagem, a comunicação. Assim como o motorista dirige o veículo, o maestro guia a orquestra. É ele que define a hora de começar, parar, onde tocar mais forte, mais fraco, rápido, lento, ele dá o colorido pessoal à obra. Uma mesma peça, tocada por dois maestros diferentes, pode soar de forma distinta. Dependendo da visão que o regente tenha, poderá escolher a que instrumentos e expressões dará destaque. A atuação dele, ora mais enérgica, impetuosa, entusiasmada, ora mais equilibrada, calma e refletida, transparece na execução do concerto. É fascinante observar todas essas alternâncias e a evolução de cada profissional. Como saber o momento certo de aplaudir um concerto?
Existe uma razão para se aplaudir somente no final do concerto. O motivo é que a maioria das peças para orquestra são subdivididas em movimentos que formam uma unidade e que, se interrompidos, podem quebrar a concentração do músico. Parece um exagero mas na verdade quebra um pouco sim. Ocorre que, como a música clássica, na tentativa de se estabelecer uma linguagem introspectiva, que alcance o íntimo, a reflexão, explora bastante o silêncio - repare que tem horas que ela é reproduzida de forma tão baixa, com pouco volume de som, que você tem que se esforçar para ouvir, é necessário, então, concentração para executar. Costumo dizer que música silenciosa se produz com um ambiente silencioso. Não dá, por exemplo, para tocar o segundo movimento da Serenata Noturna de Mozart na central do Brasil, primeiro que você não vai conseguir ouvir, e mesmo que o fizesse, o desempenho não seria o mesmo se estivesse em um teatro. Também é verdade que nem todos os movimentos são silenciosos, mas grande parte deles a transição se dá geralmente de um estado eufórico para um mais íntimo, como é o caso de uma sinfonia, aí novamente cairíamos na necessidade do silêncio. Geralmente aplaude-se no final. Para saber quantos movimentos são, ou seja, quando irá acabar a apresentação, é só orientar-se pelo programa, lembrando que para identificar bem os movimentos, basta ficar atento a expressões em italiano como: andante, allegro, moderato, vivace etc. De qualquer forma, não existe uma regra absoluta, está mais para tradição, se gostar, sinta-se a vontade para aplaudir em qualquer momento, além do mais, o aplauso é a principal razão do espetáculo, seja ele dado nessa ou naquela hora pode ter certeza que o músico o receberá da melhor forma.